
As luzes que brilham a noite são lindas vistas daqui.
Mas confesso que não dá pra comparar com aquela visão que tive do alto.
Nossa!
Do alto daquela escada o vento fez uma música pra compor o que eu via.
Da lua eu já nem falo! Nada do que eu dissesse descreveria tamanha beleza que esbanjava naquela noite.
E por um instante eu quase pude senti-la nas mãos...
Tão linda, daquele jeito que dá pra ver melhor do alto.
O desgaste do meu corpo cansado, rendido ao vento naquele degrau deu a leveza que a noite propunha.
Sentada ali eu fiquei paralisada!
Embriagada de poesia!
Não por muito tempo, assim como prometi que não ficaria...
Mas o tempo que fiquei foi o suficiente pra me fazer pensar em tudo e pensar em nada!
A brisa era convidativa. Parecia dizer “vem voar... vem voar...”
E por que não?
Fechei os olhos e voei com ela!
Breves momentos, não mais que cinco minutos...
Contemplei as luzes, toquei a lua, dancei com o vento, transpirei poesia e tive um pedacinho de céu compartilhado comigo.
Voltei pra casa imaginando o que mais daria pra fazer se eu tivesse mais tempo.
Não sei.
Talvez não fizesse nada. E só isso me bastaria.
Mas se tem uma coisa que eu pude perceber naquela noite é que, toda beleza que é oferecida ao redor, dá pra ver melhor do alto...
Por Raphaela Dias

Mas somente naquele momento.