terça-feira, 19 de abril de 2011

Me permito imaginar...

Me permito imaginar...
Avião voando de noite é estrela cadente particular...

Caminhos que deixei marcado com a sola do meu all' star.

Nem sempre onde estou é onde quero estar...

Me lembro bem daquela noite em que a lua me viu chorar,

Fiz canção sob o relento, da bala de caramelo eu fiz o meu jantar.

E esse nó que dá na garganta e não serve pra cegar...

Me disfarço de criança, esqueço do choro pra poder brincar!

Pulo de peito aberto, me entrego sem pensar...

Sou feliz de brincadeira, ora bolas pra jogar.

Numa dessas noites, sentada no alto eu parecia flutuar,

Fechando os olhos, abrindo os braços o vento me ensinou a dançar!

E ainda que tudo a minha volta não me leve a acreditar...

A poesia me convida, me permito imaginar!



Por Raphaela Dias

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Eu respiro poesia!

E só com tanta poesia que eu pude perceber...

Enquanto houver poesia, de poesia eu vou viver!

Poesia é pura, poesia é prosa.

É o que faz o samba, na partida, virar bossa...

Faz a minha alegria, na chegada, virar nossa...

Faz rima, traz com o tempo o talento pra brincar,

Se renova, reinventa, dita as regras pra quebrar...

E por que eu insisto tanto em falar de poesia?

Por que outro motivo uma boba viveria?!

Fazer poesia é saber dançar, saber voar,

Saber ser criança e pintar paisagem no ar...

Poesia que faz refletir nos olhos a luz da lua,

Transparece com sinceridade a minha verdade nua e crua...

E ainda que eu não pudesse sentir e viver como eu queria,

De uma coisa não posso me queixar...

Eu respiro poesia!

Por Raphaela Dias

terça-feira, 12 de abril de 2011

"As três Marias..."

A primeira delas era de pura exuberância...

Esbanjava, radiava, transbordava elegância.

Sabia o tom exato no momento da palavra,

Toda beleza que tinha compunha a melodia

Com as Marias que acompanhava.

De não menos importância a segunda Maria era,

De todas que havia, tinha mais poesia do que se espera.

Seu perfume de flor destilava,

Deixando saudade no ar,

Sua dança era esperança em noite de luar...

Completando o ar da graça com candura, ternura e amor,

De um brilho incomparável era aquela que ficou.

O mais belo dos sonetos completava a sinfonia,

Dela eu nunca me esqueço, era a terceira Maria.

Três crianças, três amores, três bobos versos num papel,

Minha noite é mais feliz com três Marias no meu céu...

E só olhando pro céu daria pra entender melhor,

Menina dos olhos de mel, três Marias numa só!

Por Raphaela Dias