E de onde já se viu embrulhar lembranças?segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
"PORTA-RETRATO"
E de onde já se viu embrulhar lembranças?sábado, 25 de dezembro de 2010
Feliz o que? Ah.. "Feliz Natal!"
Época em que nos reunimos ao redor da mesa pra comer coisas que, normalmente, não comemos durante o resto do ano...Um período breve, mas que parece que nunca vai acabar, principalmente se você está na fila do supermercado comprando as coisas que deixou pra última hora!
É tempo de festejar! De desejar um "feliz natal" pras pessoas na rua!
As mesmas pessoas por quem você passa todos os dias e finge não ver pra se poupar de cumprimentar!
É muito bela a magia do natal do ponto de vista das propagandas de refrigerantes que passam na TV.

Crianças alegres e saltitantes correndo atrás de um caminhão que é dirigido por um urso polar, uma musiquinha irritantemente feliz de fundo e muita neve em volta!
Ah... o natal!
Momento certo de trocar presentes e esquecer o verdadeiro significado!
É quando você compra um brinquedo pra uma criança com o dinheiro que ganhou depois de um mês de muito trabalho e quem leva a fama é o " bom velhinho gordo de roupa vermelha"!
É tempo de ficar mais próximo das pessoas!
Principalmente as pessoas que ficam espremidas nas calçadas cheias!
Gente que entra, sai e entra de novo nas lojas em busca das promoções de fim de ano!
É quando exercitamos e exteriorizamos da forma mais bonita a hipocrisia do nosso ser desejando "feliz natal" pra todos!
Não digo que não há sinceros votos!
Claro que há!
Eu mesma recebi e distribui muitos!
Mas não dá pra negar que o mau atendimento da moça do caixa seguido de "meus sinceros votos" não passou de protocolo!
Mas enfim, o que importa mesmo é que, nessa época do ano, tudo parece piscar e ser mais "vermelhinho!"
O que importa realmente são as campanhas pra arrecadar alimentos pras pessoas carentes!Afinal de contas... é só no natal que as pessoas comem, não é?
(Mas não é só no natal que eu tenho a oportunidade de exercitar meu "espírito natalino irônico!")
Ah!
E como é irritantemente bonito o espírito natalino! Principalmente quando não é daqueles que puxa o pé da criança de noite!
A propósito... FELIZ NATAL!
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
E quando as palavras faltam...
E quando as palavras faltam... que nome se dá àquela sensação?terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Meu Jardim Particular

Aquele era só mais um dia de sol como os outros...
Tudo a minha volta era indiferente, como de costume.
Levantei pra regar minhas flores e na monotonia do meu regador as palavras me faltavam...
Naquela manhã eu as reguei com lágrimas...
Uma flor em especial me chamava atenção. Seu crescimento gradativo, quase imperceptível era o esplendor de todo o jardim.
Aquela flor, diferente das outras, era especial. Não digo isso com desprezo de todo o meu jardim, mas cada flor era especial ao seu modo, de um jeito único.
Ah... minha florzinha dançava com a música que o vento tocava... e de olhos fechados eu até poderia me imaginar dançando também...
A melodia mais suave a fazia balançar nas asas do vento!
Seu perfume inigualável, tanto quanto sua beleza. As cores de suas pétalas eu não podia descrever.
A minha vontade mesmo era poder levá-la comigo, não plantada em vasos, minha vontade era levá-la no olhar, no coração.
E por onde quer que eu fosse ela estaria plantada em mim, exalando o mais perfeito dos perfumes, brotando em mim os sentimentos mais puros...
Minha sementinha rara se fez minha pequena flor!
A mais linda valsa a vi dançar!
A menor e mais delicada que sempre reguei com amor no meu jardim particular!
Dedicado à minha pequena flor, Lívia.
Por Raphaela Dias
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Bicho do Mato!

Meia noite passo em claro, noite é dia, fato raro...
Meia noite passo em raros, dia é noite, fatos claros,
Noite que fez tudo fato, vivendo o segundo ato,
Noite e meia na cidade, coisa de bicho do mato!
Passando ou não da meia noite...
Passando ou não do meu limite...
Vai ser hoje enquanto eu quiser!
Passando a limpo meus desejos,
Passando despercebida na multidão...
Vou ser eu enquanto eu puder!
A experiência mais indescritível,
Do jeito mais inexplicável que poderia ser...
E nós estávamos lá!
E parece que vamos sonhar pra sempre...
Então me faça um favor...
Não me acorde, nunca!
Dedicado a todos que dividiram comigo a emoção de curtir “O Teatro Mágico” no show de aniversário no dia 11/12/2010. Foi perfeito!
Por Raphaela Dias
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Me traí!

O ponto já é crítico!
Eu me traí!
Fui pega tentando pensar em outras coisas...
Flagrada num amasso de folhas amassadas encima da cama.
Nelas escrito o que eu tentava esquecer...
Tentando esquecer coisas que talvez jamais devesse, eu me traí tentando me distrair pra não sofrer mais...
Tentando tocar e trocar a música do violão, pensando num jeito de não pensar,
Me vi com outros pensamentos no flagra que me dei!
“Não é o que você está pensando! Assim como eu pensei...”
Da forma mais inútil que poderia ser, eu me traí tentando esquecer...
Não posso dizer que não me arrependi da traição, mas é tarde pra chorar pelo leite derramado, ou pela lágrima...
De tudo, eu pude tirar uma lição. A pior das traições que poderia haver foi essa que cometi contra mim...
Foi tentando não sofrer que eu me traí!
Por Raphaela Dias
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
“Natal sem fome”? E o resto do ano?

É muito “fácil” fazer campanhas de natal com propagandas penduradas pedindo doações de donativos, é muito “simples” recolher, separar, distribuir alimentos não perecíveis pra pessoas carentes, é fácil ter reconhecimento por fazer “caridade” e promover o nome às custas de quem tem a panela vazia.
Mas confesso que isso me deixa profundamente irritada!
Não digo que sou contra, mas não me peçam pra dizer que sou a favor.
As mesas alheias suplicando por arroz e feijão em janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro e novembro... Por que só vêem esperança em dezembro?
As pessoas não precisam se alimentar durante o ano ou é mais fácil parecer “caridoso” em época de natal?
Ninguém se importa se o povo tão carente está morrendo de fome, se a moça está jogada com a filha no sinal...
O pobre velhinho que não tem mais dentes, largado sente frio lá na maca do hospital...
Ninguém quer saber se o menino que é drogado está morrendo aos poucos só porque não é filho seu!
Eu não vou mudar o mundo sozinha, nem quero que pareça um discurso revoltado, mas até quando vamos ver esse tipo de coisa acontecer e ficar de braços cruzados?
É triste quando passamos pela rua e nem notamos o cara caído no chão, mas é muito mais triste notar e achar “normal”...

Sinceramente não espero que ninguém recolha nenhum mendigo pra levar pra casa, até porque essa não seria uma atitude muito sensata.
Eu só gostaria que as pessoas deixassem de se preocupar um pouco com o futuro pra perceber que o presente é bem mais preocupante...
Enquanto você lê este texto, pessoas morrem de fome em escala crescente.
“A realidade é bem diferente, tem gente que sofre sedento de pão!
Aquela imagem do povo carente que você só vê pela televisão...
Tem gente que mata, tem gente que morre, tem gente que não tem o que comer...
Ninguém acredita no conto de fadas da história que tentaram te convencer!
O cara da rua jogado na esquina que você passou sem nem reparar, café da manhã que já virou rotina é o que você jogou fora no jantar!
Pense naquele dinheiro que você doou ligando pra televisão enquanto o cara que é seu vizinho estava mendigando um pedaço de pão!
Não estou te julgando pela atitude, é bom quem ajude o pobre da TV, mas pense que tem um pobre daqueles morrendo de fome perto de você!
Vê se não reclama um pouco da vida, tem gente que hoje ainda não comeu!
Vê se aprende, acorda, se liga! O problema do mundo é problema seu!
Ninguém quer se mexer, ninguém quer ajudar, preferem fechar os olhos e não ver! Por isso que está do jeito que está...
Só peço que pense um pouco, não ponha no prato o que você não vai comer.
Só estou pedindo, vê se colabora, aquele lá fora podia ser você!”
Ninguém tem mais vontade de mudar o mundo, mas o cara imundo da esquina também é problema meu!
Por Raphaela Dias
terça-feira, 30 de novembro de 2010
“Sem pé nem cabeça”

Meus textos “legais e divertidos” parecem chegar numa escala que decresce!
Por falta de falsa modéstia, não digo que eu talvez tenha deixado de lado as coisas legais e divertidas, não é isso. Mas acontece que, em um dado momento, todos (sem exceções) tem algo a questionar.
E, particularmente, sempre fui muito curiosa!
Existem respostas que até estão ao meu alcance, mas o gostinho amargo e cruel da dúvida é quase comparável ao da preguiça...
Então eu não respondo e pronto! Me contento! (Ou não...)
Mas a questão é: bem, na verdade não existe uma grande questão, mas me pareceu um jeito legal de se começar um parágrafo!
Pode parecer estranho esse texto sem nenhum padrão literário ou como algumas pessoas preferem chamar “sem pé nem cabeça”, mas foi a única forma que encontrei de passar o tempo (o meu e o seu), tentando fugir um pouco do tédio que assola.
Espero não ter decepcionado os que esperavam uma grande obra de arte escrita, mas...
Enfim, a verdade é que também não sei bem “enfim” o que dizer, mas me pareceu um jeito legal de terminar o texto.
Por Raphaela Dias
domingo, 28 de novembro de 2010
"A FRESCA"...
A noite estava quente, talvez um pouco mais do que devesse estar...As pessoas aglomeradas se faziam multidão pra dar o 'ar da graça' no espetáculo.
O calor humano se tornou inevitável e a transpiração que antes se dava apenas pelo nervosismo agora era também pela falta de ventilação no espaço.
Os minutos passavam de forma debochada no relógio enquanto eles faziam graça no palco...
E eu, acompanhada de uma e de todo o resto, esperava ansiosamente pelo momento breve em que as cortinas se abririam e deixariam o vento entrar pra dançar também!
Ah...
Foi breve e único! Perguntei a ela do que se tratava aquela sensação, e ela?
Bem, era a "fresca"!
Da forma mais natural que poderia ser, vinda de uma fresta na cortina, soprando leve ao pé do ouvido e proporcionando poucos segundos de refrigério...
Aquela explicação não me pareceu muito sensata, mas eu já não estava me importando com isso, estava ocupada demais tomando conta de tudo ao meu redor...
E quando menos esperávamos, ela vinha tirar a atenção do palco iluminado e levar pra pequena fresta.
O que a gente sentia era, sem grandes explicações poéticas... "A fresca"!
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Sussurros...
Mais um dia simples da minha quase insignificante existência, domingo de manhã pra ser mais exata.Nada acontecia de muito interessante, tudo seguia seu tradicional passo a passo...
Acordei de mau humor por conta do rádio alto da vizinha.
Fiquei na cama de pirraça imaginando: “ela está só esperando eu levantar pra desligar!”
Dito e feito!
Levantei e silenciou!
Chutei minha sandália até o banheiro que fez par com a outra debaixo do chuveiro.
“Vai ser o banho mais demorado de toda a minha vida!” (Até o próximo!)
Ainda buscando um minuto de paz na minha manhã barulhenta resolvi sair de casa pra ouvir o som da rua.
“Decepção” é uma boa palavra pra definir aqueles poucos minutos.
O barulho das motos que passavam e pareciam ter muita pressa, os carros com seus auto falantes mais do que potentes e os próprios ônibus que nem precisavam fazer mais que o natural pra fazer BARULHO!
Tudo aquilo começou a me irritar profundamente, salvos três minutos numa conversa rápida e sem maiores detalhes com um amigo que encontrei na banca de jornal.
Resolvi que a melhor coisa a ser feita era voltar pra casa.
Já chegando no auge da minha irritação por causa da tão mencionada “música urbana” lembrei do fone de ouvido que carregava no bolso!
“Salva pelo gongo!”
E apesar de não parecer uma atitude muito inteligente e sensata substituir um barulho por outro, naquele momento foi o que me deixou melhor.
Voltei contornando a calçada, desviando das poças deixadas pela chuva da noite, contando os pingos tímidos da chuva que parecia estar com vergonha de chegar e ouvindo O ANJO MAIS VELHO sussurrar ao pé do ouvido que se lembraria de mim só enquanto respirasse...
Eu confesso que não encontrei o silêncio que procurava pra alinhar minhas ideias, mas aqueles sussurros bastaram pra me transportar por um breve momento para o mundo que eu acredito ser só meu...
Por Raphaela Dias
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
O BICHO

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Manuel Bandeira
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
"Quem me dera?"...

Certa feita, em meio a uma realidade de festejos, palhaços e folhas secas jogadas no chão, conheci uma viajante lunática.
Cheia de histórias pra contar e experiências dançantes ...
Mas a história mais interessante de todas eu não conhecia...
Ela guardava a sete chaves de pensamentos!
Eu tentei por muitas vezes imaginar o que acontecia naquela mente durante o olhar que viajava disperso pelo espaço quase vazio.
Cheguei a pensar que não havia nada e que havia tudo!
Ela fixava seu olhar num ponto e ali era capaz de permanecer por horas, talvez dias!
Mas nunca chegava a tanto por sempre ter alguém para chamar sua atenção e trazê-la de volta para o mundo que acreditamos ser o real...
“Ah! Quem me dera saber o que ela estava pensando?”...
Fazia seus passos marcados, dançava e dava show... Mas sempre no final de seus espetáculos voltava ao mesmo lugar.
Sentada no palco acompanhada do que sobrou dos aplausos que recebeu de pé...
Eu seria capaz de dar tudo o que tinha no bolso pra saber o que ela estava pensando...
Mas essa foi uma ideia tola que logo me fugiu. Afinal de contas, tudo que eu tinha no bolso eram ingressos amassados pra assisti-la mais uma vez, e outras vez, e outra vez...
Eu daria muito pra saber o que ela estava pensando, mas não a chance de vê-la pensar de novo.
Quem me dera entender o que se passava naquele coração depois que as luzes se apagavam...
Depois que o foco não era mais o palco, era pra lá que ela ia!
Imagino o que então?
Que ela só queria ficar sozinha?
Talvez quisesse apenas desviar os olhares que antes eram dela...
Ou ainda poderia só sonhar em ficar ali pra sempre... Eternizando o momento que viveu e imaginando o que ainda viveria...
Mas eram só suposições, eu não fazia ideia do que realmente se passava.
Ah...
“Quem me dera saber o que ela pensava?”....
Por Raphaela Dias, dedicado à viajante lunática Taiane D'Ornellas
terça-feira, 16 de novembro de 2010
"Duas balas de caramelo..."

Meu quarto é lilás, minhas havaianas são brancas,
Meu All’star está sujo, meu sapinho de pelúcia disse outro dia que me amava,
Meu violão tem um adesivo de “vaquinha”,
E no meu bolso só duas balas de caramelo...
Meu espelho está com marca de dedo, a poeira do meu violão transferiu-se para minhas apostilas, meu monstro de estimação mora debaixo da cama,
E no meu bolso só duas balas de caramelo...
Meu dia amanheceu do avesso, o carregador do meu celular eu esqueci na tomada,

Meu fone de ouvido mora na mochila, meu bloquinho de rascunho tem minha assinatura em todas as folhas,
E no meu bolso só duas balas de caramelo pra dar sorte...
Foto do perfil? TROCA!
Ouvindo música no computador, papéis de bala largados na mesa,
Da sala alguém diz em alto e bom tom: “tá na hora de sair daí!”...
Mas nenhuma batida forte da música, nenhuma batida forte na porta do quarto era capaz de conter a inquieta troca de
fotos!
A concentração da conversa, a careta do perfil, a fonte cor de rosa, a risada esquisita...
Tudo e todos não tiravam minha atenção do “troca troca”.
Foto de fantasia, com ou sem companhia...
Foto de família reunida, da propaganda feita sem querer!
Bastava um momento de distração meu para perceber que ela
havia trocado de foto mais uma vez!
Num rosto de menina suavemente debruçado sob a grama...
No colo um outro rosto diz que ama...
E nem mesmo o barulho ensurdecedor do liquidificador que ultrapassava as fronteiras sonoras na cozinha, passava pelo corredor e invadia meus tímpanos, nada era capaz de tirar minha atenção do “troca troca”...
Nada além do contorno de caneta que fiz nos desenhos ao redor da folha do caderno...
Bastou um coração torto e uma estrelinha apagada pra contornar por um segundo!
E quando volto meu olhar, a foto mudou!
Mas em meio a tanta inquietação por conta da foto do perfil, consigo perceber um rosto em comum...
Ela muda de foto, de pose, de jeito... e permanece intacta!
Concluo então que, para se ter muitas “faces” não é preciso ter muitas “caras”,
basta ser ARTISTA!
E isso ela consegue...
E mais uma vez, enquanto finalizo meu texto, TROCA!
Por Raphaela Dias dedicado à inquieta Ariel Perrone!
domingo, 14 de novembro de 2010
"Tá na moda!"

As coisas que as pessoas fazem para acompanhar a "tendência" são incríveis!
Eu, sinceramente, nunca me imaginei usando calça colorida e óculos sem lente...
Se na TV anuncia a nova "bandinha de cabelo jogado na testa"... PRONTO!
Isso basta!
Se na novela diz que é normal "dar um tapinha" nada mais é preciso pra convencer!
(Mas cá entre nós, se a mãe diz: "come brócolis...")
Particularmente, a minha moda eu mesmo invento.
E o problema é meu se eu só uso All'star, se eu troco café da manhã por bala de caramelo!
Se eu vou subir no palco de “cirola”! No palco eu sou quem eu quiser!
Quem vai dizer que não está na moda?
Provavelmente alguém vai dizer só pelo prazer de me contrariar, mas...
Tenho testemunhas vivas de que seria capaz de repetir esse fato um tanto quanto estranho!
Ignorando vontades superiores, admitindo até um pouco de rebeldia, eu repetiria sim!
Só porque alguém disse que gostou e porque eu gostei também, claro!
Eu não sou do tipo que diz algo só porque todo mundo está dizendo. Sou única e exclusivamente fã dos meus conceitos...
Se minha mente fosse bem influenciável eu poderia até me aproveitar dos comentários alheios...
E por que não?
Mas não dá pra negar que toda regra tem sua exceção, no meu caso poderia até ser o contrário!
Toda exceção tem sua regra!
Então se deixe levar pelo que dizem por aí, mas apenas quando disserem que "minha verdade é nua e crua"!
O que eu posso fazer?
Tá na moda!
Por Raphaela Dias dedicado à Fátima D'Ornellas, mais conhecida como "a mãe da Taiane"!
sábado, 13 de novembro de 2010
Da plateia eu vi...

Da plateia eu vi coisas que do palco não dava pra ver,
Cheguei em casa, sentei num canto do meu quarto pra escrever...
Sobre coisas que eu vi, comentários que escutei,
Sobre a roupa da menina e a risada que eu dei...
Coisas que falavam atrás de mim sobre o sorriso tímido da garota,
Gente que atua, assiste, flutua como nenhuma outra...
Deixei de ver detalhes que antes via da coxia,
Passei a ver verdades que antes eu não via...
Chorei, sorri, brinquei e dei gargalhada,
Como o próprio texto dizia: "dou risada e mais risada"!
Fiz graça com a tensão do violão que ficou sem corda,
Me emocionei com o "merdão" que a gente fez na roda...
E tudo que podia ser visto da plateia estava ali,
Vi meu sonho de outro ângulo, de um jeito que nunca vi...
Assisti da segunda fila e poderia ter ido além,
Mas tive receio de desconcentrar quem, do palco, me assistia também...
E se no final de tudo, só eu me levantasse pra aplaudir,
Faria tudo de novo, só pelo prazer de estar ali...
Nem sei exatamente o que senti, o coração pareceu parar mais uma vez,
Mil palavras não definiriam muita "merda" pra vocês!
E tudo que eu precisava era estar lá naquele momento,
A vontade de estar lá em cima me doía por estar lá dentro...
Da plateia eu vi coisas que do palco nunca vi,
E o tempo pareceu parar pra me fazer ficar ali...
Mas já dizia o verso esquecido de alguém que queria pontuar,
Então deixei as aspas abertas pra quando eu também voltar...
Não me arrependo do ponto de vista que experimentei estando assim,
Mas confesso que minha vontade era estar no palco, olhando pra mim...
Por Raphaela Dias
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Distribuindo poesia...

E é quando estou mais triste que estou mais “feliz”,
Chorar enquanto sorri, pintar a ponta do nariz...
Fazer da tristeza alegria e tirar um sorriso da dor,
Isso é fazer poesia, isso é morrer de amor...
Chorar sangue por dentro, transpirar por fora felicidade,
Quem não consegue decifrar isso é porque nunca sentiu de verdade!
O coração bate devagar, a respiração acelera,
A dor para no ar, o medo desespera!
O detalhe despercebido e o suspiro que não deixei passar,
A vontade que dá de rir quando dá vontade de chorar...
Poesia se usa pra quase tudo, mas principalmente pra fazer o bem,
Só não se usa poesia pra agredir ninguém!
Por isso não me levantei, por isso não aplaudi,
Deixei o silêncio gritar pra quem quisesse ouvir!
Descontraída na conversa das coisas banais do meu dia a dia,
Achando engraçado e sem pressa que tudo vira poesia!
Pessoas que sempre conheci, mas que nunca cumprimentei,
Baratas no canto de uma escada qualquer que passei...
E voltei pra casa calada, até acho que demorei um pouquinho,
Mas foi só porque vim olhando pro nada, chutando pedra no caminho...
Contrariando vontades anônimas do farol que meu rosto clareia,
Distribuindo poesia barata na caixa de correio alheia.
Dedicado à Crislayne Leila... Minha Nanny Pretinha!
Por Raphaela Dias
