terça-feira, 30 de novembro de 2010

“Sem pé nem cabeça”

Meus textos “legais e divertidos” parecem chegar numa escala que decresce!

Por falta de falsa modéstia, não digo que eu talvez tenha deixado de lado as coisas legais e divertidas, não é isso. Mas acontece que, em um dado momento, todos (sem exceções) tem algo a questionar.

E, particularmente, sempre fui muito curiosa!

Existem respostas que até estão ao meu alcance, mas o gostinho amargo e cruel da dúvida é quase comparável ao da preguiça...

Então eu não respondo e pronto! Me contento! (Ou não...)

Mas a questão é: bem, na verdade não existe uma grande questão, mas me pareceu um jeito legal de se começar um parágrafo!

Pode parecer estranho esse texto sem nenhum padrão literário ou como algumas pessoas preferem chamar “sem pé nem cabeça”, mas foi a única forma que encontrei de passar o tempo (o meu e o seu), tentando fugir um pouco do tédio que assola.

Espero não ter decepcionado os que esperavam uma grande obra de arte escrita, mas...

Enfim, a verdade é que também não sei bem “enfim” o que dizer, mas me pareceu um jeito legal de terminar o texto.


Por Raphaela Dias

domingo, 28 de novembro de 2010

"A FRESCA"...

A noite estava quente, talvez um pouco mais do que devesse estar...
As pessoas aglomeradas se faziam multidão pra dar o 'ar da graça' no espetáculo.

O calor humano se tornou inevitável e a transpiração que antes se dava apenas pelo nervosismo agora era também pela falta de ventilação no espaço.

Os minutos passavam de forma debochada no relógio enquanto eles faziam graça no palco...

E eu, acompanhada de uma e de todo o resto, esperava ansiosamente pelo momento breve em que as cortinas se abririam e deixariam o vento entrar pra dançar também!

Ah...

Foi breve e único! Perguntei a ela do que se tratava aquela sensação, e ela?

Bem, era a "fresca"!

Da forma mais natural que poderia ser, vinda de uma fresta na cortina, soprando leve ao pé do ouvido e proporcionando poucos segundos de refrigério...

Aquela explicação não me pareceu muito sensata, mas eu já não estava me importando com isso, estava ocupada demais tomando conta de tudo ao meu redor...

E quando menos esperávamos, ela vinha tirar a atenção do palco iluminado e levar pra pequena fresta.

O que a gente sentia era, sem grandes explicações poéticas... "A fresca"!






Por Raphaela Dias dedicado à Ana Paula Nascimento

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Sussurros...

Mais um dia simples da minha quase insignificante existência, domingo de manhã pra ser mais exata.

Nada acontecia de muito interessante, tudo seguia seu tradicional passo a passo...

Acordei de mau humor por conta do rádio alto da vizinha.

Fiquei na cama de pirraça imaginando: “ela está só esperando eu levantar pra desligar!”

Dito e feito!

Levantei e silenciou!

Chutei minha sandália até o banheiro que fez par com a outra debaixo do chuveiro.

“Vai ser o banho mais demorado de toda a minha vida!” (Até o próximo!)

Ainda buscando um minuto de paz na minha manhã barulhenta resolvi sair de casa pra ouvir o som da rua.

“Decepção” é uma boa palavra pra definir aqueles poucos minutos.

O barulho das motos que passavam e pareciam ter muita pressa, os carros com seus auto falantes mais do que potentes e os próprios ônibus que nem precisavam fazer mais que o natural pra fazer BARULHO!

Tudo aquilo começou a me irritar profundamente, salvos três minutos numa conversa rápida e sem maiores detalhes com um amigo que encontrei na banca de jornal.

Resolvi que a melhor coisa a ser feita era voltar pra casa.

Já chegando no auge da minha irritação por causa da tão mencionada “música urbana” lembrei do fone de ouvido que carregava no bolso!

“Salva pelo gongo!”

E apesar de não parecer uma atitude muito inteligente e sensata substituir um barulho por outro, naquele momento foi o que me deixou melhor.

Voltei contornando a calçada, desviando das poças deixadas pela chuva da noite, contando os pingos tímidos da chuva que parecia estar com vergonha de chegar e ouvindo O ANJO MAIS VELHO sussurrar ao pé do ouvido que se lembraria de mim só enquanto respirasse...

Eu confesso que não encontrei o silêncio que procurava pra alinhar minhas ideias, mas aqueles sussurros bastaram pra me transportar por um breve momento para o mundo que eu acredito ser só meu...


Por Raphaela Dias

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O BICHO

Vi ontem um bicho

Na imundície do pátio

Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,

Não examinava nem cheirava:

Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,

Não era um gato,

Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.


Manuel Bandeira

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

"Quem me dera?"...

Certa feita, em meio a uma realidade de festejos, palhaços e folhas secas jogadas no chão, conheci uma viajante lunática.

Cheia de histórias pra contar e experiências dançantes ...


Mas a história mais interessante de todas eu não conhecia...

Ela guardava a sete chaves de pensamentos!

Eu tentei por muitas vezes imaginar o que acontecia naquela mente durante o olhar que viajava disperso pelo espaço quase vazio.

Cheguei a pensar que não havia nada e que havia tudo!

Ela fixava seu olhar num ponto e ali era capaz de permanecer por horas, talvez dias!

Mas nunca chegava a tanto por sempre ter alguém para chamar sua atenção e trazê-la de volta para o mundo que acreditamos ser o real...

“Ah! Quem me dera saber o que ela estava pensando?”...

Fazia seus passos marcados, dançava e dava show... Mas sempre no final de seus espetáculos voltava ao mesmo lugar.

Sentada no palco acompanhada do que sobrou dos aplausos que recebeu de pé...

Eu seria capaz de dar tudo o que tinha no bolso pra saber o que ela estava pensando...

Mas essa foi uma ideia tola que logo me fugiu. Afinal de contas, tudo que eu tinha no bolso eram ingressos amassados pra assisti-la mais uma vez, e outras vez, e outra vez...

Eu daria muito pra saber o que ela estava pensando, mas não a chance de vê-la pensar de novo.

Quem me dera entender o que se passava naquele coração depois que as luzes se apagavam...

Depois que o foco não era mais o palco, era pra lá que ela ia!

Imagino o que então?

Que ela só queria ficar sozinha?

Talvez quisesse apenas desviar os olhares que antes eram dela...

Ou ainda poderia só sonhar em ficar ali pra sempre... Eternizando o momento que viveu e imaginando o que ainda viveria...

Mas eram só suposições, eu não fazia ideia do que realmente se passava.

Ah...

“Quem me dera saber o que ela pensava?”....


Por Raphaela Dias, dedicado à viajante lunática Taiane D'Ornellas

terça-feira, 16 de novembro de 2010

"Duas balas de caramelo..."

Meu quarto é lilás, minhas havaianas são brancas,

Meu All’star está sujo, meu sapinho de pelúcia disse outro dia que me amava,

Meu violão tem um adesivo de “vaquinha”,

E no meu bolso só duas balas de caramelo...

Meu espelho está com marca de dedo, a poeira do meu violão transferiu-se para minhas apostilas, meu monstro de estimação mora debaixo da cama,

E no meu bolso só duas balas de caramelo...

Meu dia amanheceu do avesso, o carregador do meu celular eu esqueci na tomada,

Meu fone de ouvido mora na mochila, meu bloquinho de rascunho tem minha assinatura em todas as folhas,

E no meu bolso só duas balas de caramelo pra dar sorte...







Por Raphaela Dias

Foto do perfil? TROCA!

Ouvindo música no computador, papéis de bala largados na mesa,

Da sala alguém diz em alto e bom tom: “tá na hora de sair daí!”...

Mas nenhuma batida forte da música, nenhuma batida forte na porta do quarto era capaz de conter a inquieta troca de

fotos!

A concentração da conversa, a careta do perfil, a fonte cor de rosa, a risada esquisita...

Tudo e todos não tiravam minha atenção do “troca troca”.

Foto de fantasia, com ou sem companhia...

Foto de família reunida, da propaganda feita sem querer!

Bastava um momento de distração meu para perceber que ela

havia trocado de foto mais uma vez!

Num rosto de menina suavemente debruçado sob a grama...

No colo um outro rosto diz que ama...

E nem mesmo o barulho ensurdecedor do liquidificador que ultrapassava as fronteiras sonoras na cozinha, passava pelo corredor e invadia meus tímpanos, nada era capaz de tirar minha atenção do “troca troca”...

Nada além do contorno de caneta que fiz nos desenhos ao redor da folha do caderno...

Bastou um coração torto e uma estrelinha apagada pra contornar por um segundo!

E quando volto meu olhar, a foto mudou!

Mas em meio a tanta inquietação por conta da foto do perfil, consigo perceber um rosto em comum...

Ela muda de foto, de pose, de jeito... e permanece intacta!

Concluo então que, para se ter muitas “faces” não é preciso ter muitas “caras”,

basta ser ARTISTA!

E isso ela consegue...

E mais uma vez, enquanto finalizo meu texto, TROCA!


Por Raphaela Dias dedicado à inquieta Ariel Perrone!

domingo, 14 de novembro de 2010

"Tá na moda!"

As coisas que as pessoas fazem para acompanhar a "tendência" são incríveis!

Eu, sinceramente, nunca me imaginei usando calça colorida e óculos sem lente...

Se na TV anuncia a nova "bandinha de cabelo jogado na testa"... PRONTO!

Isso basta!

Se na novela diz que é normal "dar um tapinha" nada mais é preciso pra convencer!

(Mas cá entre nós, se a mãe diz: "come brócolis...")

Particularmente, a minha moda eu mesmo invento.

E o problema é meu se eu só uso All'star, se eu troco café da manhã por bala de caramelo!

Se eu vou subir no palco de “cirola”! No palco eu sou quem eu quiser!

Quem vai dizer que não está na moda?

Provavelmente alguém vai dizer só pelo prazer de me contrariar, mas...

Tenho testemunhas vivas de que seria capaz de repetir esse fato um tanto quanto estranho!

Ignorando vontades superiores, admitindo até um pouco de rebeldia, eu repetiria sim!

Só porque alguém disse que gostou e porque eu gostei também, claro!

Eu não sou do tipo que diz algo só porque todo mundo está dizendo. Sou única e exclusivamente fã dos meus conceitos...

Se minha mente fosse bem influenciável eu poderia até me aproveitar dos comentários alheios...

E por que não?

Mas não dá pra negar que toda regra tem sua exceção, no meu caso poderia até ser o contrário!

Toda exceção tem sua regra!

Então se deixe levar pelo que dizem por aí, mas apenas quando disserem que "minha verdade é nua e crua"!

O que eu posso fazer?

Tá na moda!


Por Raphaela Dias dedicado à Fátima D'Ornellas, mais conhecida como "a mãe da Taiane"!

sábado, 13 de novembro de 2010

Da plateia eu vi...

Da plateia eu vi coisas que do palco não dava pra ver,

Cheguei em casa, sentei num canto do meu quarto pra escrever...

Sobre coisas que eu vi, comentários que escutei,

Sobre a roupa da menina e a risada que eu dei...

Coisas que falavam atrás de mim sobre o sorriso tímido da garota,

Gente que atua, assiste, flutua como nenhuma outra...

Deixei de ver detalhes que antes via da coxia,

Passei a ver verdades que antes eu não via...

Chorei, sorri, brinquei e dei gargalhada,

Como o próprio texto dizia: "dou risada e mais risada"!

Fiz graça com a tensão do violão que ficou sem corda,

Me emocionei com o "merdão" que a gente fez na roda...

E tudo que podia ser visto da plateia estava ali,

Vi meu sonho de outro ângulo, de um jeito que nunca vi...

Assisti da segunda fila e poderia ter ido além,

Mas tive receio de desconcentrar quem, do palco, me assistia também...

E se no final de tudo, só eu me levantasse pra aplaudir,

Faria tudo de novo, só pelo prazer de estar ali...

Nem sei exatamente o que senti, o coração pareceu parar mais uma vez,

Mil palavras não definiriam muita "merda" pra vocês!

E tudo que eu precisava era estar lá naquele momento,

A vontade de estar lá em cima me doía por estar lá dentro...

Da plateia eu vi coisas que do palco nunca vi,

E o tempo pareceu parar pra me fazer ficar ali...

Mas já dizia o verso esquecido de alguém que queria pontuar,

Então deixei as aspas abertas pra quando eu também voltar...

Não me arrependo do ponto de vista que experimentei estando assim,

Mas confesso que minha vontade era estar no palco, olhando pra mim...

Por Raphaela Dias

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Distribuindo poesia...

E é quando estou mais triste que estou mais “feliz”,

Chorar enquanto sorri, pintar a ponta do nariz...

Fazer da tristeza alegria e tirar um sorriso da dor,

Isso é fazer poesia, isso é morrer de amor...

Chorar sangue por dentro, transpirar por fora felicidade,

Quem não consegue decifrar isso é porque nunca sentiu de verdade!

O coração bate devagar, a respiração acelera,

A dor para no ar, o medo desespera!

O detalhe despercebido e o suspiro que não deixei passar,

A vontade que dá de rir quando dá vontade de chorar...

Poesia se usa pra quase tudo, mas principalmente pra fazer o bem,

Só não se usa poesia pra agredir ninguém!

Por isso não me levantei, por isso não aplaudi,

Deixei o silêncio gritar pra quem quisesse ouvir!

Descontraída na conversa das coisas banais do meu dia a dia,

Achando engraçado e sem pressa que tudo vira poesia!

Pessoas que sempre conheci, mas que nunca cumprimentei,

Baratas no canto de uma escada qualquer que passei...

E voltei pra casa calada, até acho que demorei um pouquinho,

Mas foi só porque vim olhando pro nada, chutando pedra no caminho...

Contrariando vontades anônimas do farol que meu rosto clareia,

Distribuindo poesia barata na caixa de correio alheia.



Dedicado à Crislayne Leila... Minha Nanny Pretinha!

Por Raphaela Dias

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Duas meninas e um tal par de sandálias...

Gostaria de relatar algo que presenciei e que me deixou estranhamente surpresa.

Um acontecimento simples, eu diria, mas foi justamente essa simplicidade que me comoveu.

Por volta das 16h de um feriado, eu estava assistindo TV (ou a TV estava me assistindo, com preferirem), totalmente entediada, acompanhando os minutos passando lerdamente no relógio do celular, esperando um sinal de vida que pudesse vir de qualquer parte, pra me resgatar do tédio que nem mesmo o “programa da Oprah” foi capaz de tirar!

Pois bem, cansada da posição que estava jogada no sofá e também com um pouco de “dormência mental” por ter ficado ali muito tempo, eu resolvi levantar e ver o que passava de novo na janela. Confesso que não foi essa minha grande surpresa, já que o programa da janela não era tão mais interessante que o programa da TV.

A rua estava quase deserta (e era “quase“ pelos homens que dormiam na calçada), carros passavam em número praticamente imperceptível, e quando passavam pareciam ter perdido a pressa. Eu já estava pronta pra voltar para o meu sofá quando avistei duas meninas que andavam próximas a minha calçada.

Uma delas aparentava ter seus 15 ou 16 anos poucos desenvolvidos, a outra creio que não tinha mais do que 7 ou talvez 8.

Resolvi acompanhar seus passos até onde minhas vistas pudessem alcançar. Me distrai por um breve momento com um grupo de skatistas que passou na esquina, mas foi tão breve quanto o Kickflip e o Ollie que um deles conseguiu fazer. Voltei minha atenção para as meninas da calçada e percebi que a mais velha delas estava com um sorriso tímido nos lábios, quase vergonhoso. A mais nova, sorrindo um pouco mais moleca, porém não menos envergonhada. Fiquei buscando naquela cena o motivo pra tantas reações, foi quando percebi que uma delas, a maior, estava um pouco desconfortável porque sua sandália havia arrebentado!

Nossa! Como eu não percebi isso antes? Era uma cena desconcertante aquele passo arrastado que fazia pra não ficar descalça! E até onde pude ver, um gesto de solidariedade vindo da menina menor me tirou um sorriso. Quando viu aquela situação que a outra (que eu imagino ser sua irmã) estava parou, pensou e simplesmente tirou as suas sandálias e as deu! Ficando com as sandálias arrebentadas na mão. Acredito que deva ter pensado: “ninguém vai se importar com uma criança descalça, isso é normal! Mas tenho certeza que notariam se fosse alguém maior.”

E aquele gesto simples me deixou ligeiramente emocionada e acredito que também à menina mais velha, que retribuiu pegando a outra no colo!

E as duas seguiram sorrindo até que sumiram na esquina, me deixando assistindo na janela o programa de duas meninas e um tal par de sandálias!

Talvez elas nunca saibam que eu assisti a tudo da janela do segundo andar, muito menos que eu tenha escrito sobre o ocorrido, mas sei que um dia vou cruzar novamente com essas meninas em alguma rua dessa cidade pequena e sei que vai ser inevitável, vou olhar para os pés delas!


Por Raphaela Dias

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

MANUAL DE INSTRUÇÕES

Pensei em falar um pouco de mim desta vez, não que esse seja um assunto muito interessante e divertido, mas é por pura falta de criatividade!

Bem, existem muitas coisas sobre mim que ninguém conhece (ninguém mesmo! Nem eu!), e sinceramente ninguém morreu até hoje por não saber.

Mas lá vai! Se você acha que me conhece, eu sou do tipo que ama sem reservas, sou muito prática! Não gosto de ficar horas na frente do espelho (a menos que esteja tirando espinhas!)...

Me jogo de corpo e alma nas minhas relações, e deixe de ser mente poluída! Eu estou falando é de amizade, de carinho e afeto.

Adoro lilás, azul e verde perereca! Sou movida a música! Odeio falar nos primeiros 20 minutos quando acordo! Isso me deixa de mau humor!

Acho que meu mundo vai acabar quando tiro meu all’star e não encontro minhas havaianas brancas onde deixei!

Adoro um abraço, choro escondido, escrevo no escuro (e quase sempre não entendo o que escrevi depois!).

Prefiro ouvir a falar de problemas, escondo a bagunça do quarto no guarda roupas, guardo tudo (ou pelo menos quase tudo) que me pedem pra “guardar pra sempre”, sou chocólatra! Tenho um violino e não sei tocar (ainda!), me tranco no quarto quando estou triste (faço isso quando estou feliz também), demoro pra caramba no chuveiro, especialmente quando está frio porque sempre acho que vou morrer congelada se sair debaixo da água quente!

Sinto cócegas, odeio que me façam sentir cócegas (por mais que esteja rindo, não façam isso!), colo adesivos na porta do guarda roupas pelo lado de dentro, limpo meu espelho com papel higiênico, escrevo na mão, adoro ouvir música bem alto, fico fazendo “barulhinho” com a boca quando a conversa no telefone acaba ou quando fica aquele silêncio chato!

Tenho um hamster (Abigail Christina), guardo embalagens de perfume, falo sozinha, finjo que estava cantando uma música quando alguém me vê falando sozinha! Finjo que o filme não me comoveu só pra posar de “durona”, pergunto “o que?” e falo “hã?” mesmo quando entendo, só pra ter certeza do que ouvi.

Fiquei chateada com a cachorrinha de estimação da minha irmã quando ela comeu meu fone de ouvido, mas perdoei logo que fez aquela carinha!

Adoro lidar com crianças, apesar de ser um desastre fazendo isso! Não gosto de cheiro de flor, mas acho que são lindas!

Sou apaixonada pela lua! Se pudesse passaria a noite olhando pra ela! Prefiro os dias de chuva e nublados do que os dias de sol. Sempre achei o frio melhor! (No frio você se agasalha e no calor? Vai tirar a roupa?)

Já falei com minhas amigas que o cara bonito do filme era meu namorado, já perdi as chaves de casa (mas encontrei!), já vesti um pijama do avesso e fiquei por preguiça de trocar, já lembrei de uma coisa e comecei a rir sozinha!

Nunca terminei uma caneta e/ou uma borracha, qualquer coisa me deixa com mancha roxa! Não como verdura, não bebo leite puro (merchandising - Nescau), já fingi que estava “off” no MSN por causa de um contato chato, gosto de ver TV num volume um pouco mais elevado do que eu realmente preciso pra entender, já comi alguma coisa sem estar com fome só porque estava “bonito”.

Já troquei comida por lanche (faço isso o tempo todo!), adoro fazer “tic tic” na caneta, amo ketchup, jogo vídeo game, prefiro o Tom Welling a Tom Cruise, me amarro em seriado americano! Não tenho paciência pra novela, acho ‘Glee’ imitação de ‘High School Musical’!

Espero minha avó sair pra roer unha (ela detesta isso!), espero minha mãe ir no banheiro pra trocar de canal (ela também detesta isso!). Olho pro computador esperando resposta no MSN com a mesma intensidade que espero a resposta do caixa eletrônico do banco!

Adoro receber depoimento no Orkut, mesmo quando são aqueles de “não aceite”!

Bem, acho que depois disso qualquer um pode me conhecer, pelo menos até onde eu me conheço. Não sou muito diferente de tantas outras pessoas que você já conheceu, sou só o que chamam de “mais um rosto na multidão”, e se olhar de pertinho vai até encontrar um pouco de você em mim!


Por Raphaela Dias

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Era uma vez... "BLOG"!

Em um planeta muito distante, vivia uma menina e isso não seria nenhuma grande novidade, mas essa menina era diferente de todas do seu planeta. Ela era conhecida por suas ideias mirabolantes!

Num belo dia, cansada de sua rotina maçante de fazer canções, essa menina resolveu gravá-las e escrever textos, rimar palavras desconhecidas, fazer coisas que pudessem refletir a simplicidade de suas “verdades”.

Foi o surgimento de um novo tempo! Ela encontrou um lugar onde poderia realizar tudo que sempre idealizou! E resolveu batizar esse novo lugar com um nome que seria só dela! Com uma identidade única!

Pensou em chamá-lo de “Belo lugar onde gravo”, mas sinceramente, esse nome não causava o impacto que ela pretendia. Não chamava atenção, não era um nome que deixaria ninguém interessado em conhecer.

Então ela decidiu chamá-lo simplesmente de “BLOG”!

E no seu BLOG ela encontrou muitos outros que compartilhavam da mesma ideia, pensavam nas mesmas coisas!

E então, finalmente o destino dessa menina se cumpriu! E até hoje dizem que, assim como nos contos de fadas...

Ela “postou” feliz para sempre!

Por Raphaela Dias

Coceirinha no nariz!

Eu me lembro de uma canção que nunca terminei porque uma coceirinha no nariz não deixou!

No dia seguinte, quando eu levantei, minha inspiração não se levantou!

Pensei que deixar para outro dia resolveria e me deixaria feliz...

Eu estava enganada!

“Bendita" coceirinha no nariz!