domingo, 28 de novembro de 2010

"A FRESCA"...

A noite estava quente, talvez um pouco mais do que devesse estar...
As pessoas aglomeradas se faziam multidão pra dar o 'ar da graça' no espetáculo.

O calor humano se tornou inevitável e a transpiração que antes se dava apenas pelo nervosismo agora era também pela falta de ventilação no espaço.

Os minutos passavam de forma debochada no relógio enquanto eles faziam graça no palco...

E eu, acompanhada de uma e de todo o resto, esperava ansiosamente pelo momento breve em que as cortinas se abririam e deixariam o vento entrar pra dançar também!

Ah...

Foi breve e único! Perguntei a ela do que se tratava aquela sensação, e ela?

Bem, era a "fresca"!

Da forma mais natural que poderia ser, vinda de uma fresta na cortina, soprando leve ao pé do ouvido e proporcionando poucos segundos de refrigério...

Aquela explicação não me pareceu muito sensata, mas eu já não estava me importando com isso, estava ocupada demais tomando conta de tudo ao meu redor...

E quando menos esperávamos, ela vinha tirar a atenção do palco iluminado e levar pra pequena fresta.

O que a gente sentia era, sem grandes explicações poéticas... "A fresca"!






Por Raphaela Dias dedicado à Ana Paula Nascimento

Um comentário: